Não, hoje não quero um choro público. Choro comigo mesma um choro silencioso. Prefiro isso a me expor para pessoas que pouco ou nada entenderiam. Resigno-me mais uma vez ao meu medo de ousadias. Ainda que não queira, fico com o que devo fazer. E não faço o que gostaria, embora deseje fazê-lo. Pareço estar presa a um círculo, daí a sensação de estar sempre no mesmo lugar. Tenho me sentido platéia de mim mesma. Fecho os olhos e sonho que levanto da poltrona, corro até o palco, desnudo a protagonista que ali está em pé, visto suas roupas e acho-me tão íntima da personagem que me permito arriscar alguns improvisos. A quem de fato cabe esse papel? Abro os olhos e chego a conclusão de que mesmo que tudo acabasse amanhã, o já aparentemente sem sentido restaria ainda mais sem sentido. Como explicar tanto caos, talvez mais imaginário que real?
4 comentários:
"ainda que não queira, fico com o que devo fazer. e não faço o que gostaria, embora deseje fazê-lo"... desconheço ousadia maior q essa!
Acho que discordo...
...não, discordo.
sim, claro, discorda... escreveu o texto, não? eu comento, apenas, não critico... nem posso, nem poderia! assim, acho assado uma loucura... :S
Quem disse que não pode criticar? Eu foi eu...
Mas podemos discordar, o que é saudável. Não?
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